EFA - Irará

Dados da Escola

Histórico

A Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola dos Municípios Integrados da Região de Irará – AEFAMI, é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 17 de julho de 1996, localizada na Fazenda Boca de Várzea, Zona Rural, no município de Irará, Estado da Bahia, distante a 6 km da sede administrativa do município. A EFAMI tem como área de abrangência os Territórios de Identidade Portal do Sertão e Agreste de Alagoinhas e Litoral Norte, atualmente a EFAMI possui estudantes provenientes dos municípios de:      .

A missão da AEFAMI é a Promoção do desenvolvimento educacional e profissional dos filhos(as) dos(as) agricultores(as) familiares tendo como alicerces metodológicos a Pedagogia da Alternância e a Agroecologia. A AEFAMI atua na construção de estratégias da gestão empreendedora,  no desenvolvimento das unidades produtivas familiares, a partir das dimensões identitárias e culturais, ecológicas, econômicas e sociais, fortalecendo os territórios camponeses e contribuindo para a transformação do espaço a qual estão inseridos.

A AEFAMI surgiu a partir de diagnósticos dos Planos Municipais de Desenvolvimento local, sendo apontado pelos (as) agricultores(as) e seus filhos(as) a necessidade de implantação de uma Escola Família Agrícola na Região de Irará que proporcionasse uma educação contextualizada, voltada para a agricultura camponesa. Nesse sentido, entre os anos de 2003-2004, foram iniciadas atividades educativas para os trabalhos de base nas comunidades e nos municípios da região que contribuíram para a articulação e fundação da Associação Regional e criado um Comitê Gestor a nível Regional com representantes da sociedade civil e do poder público e estabelecidas parcerias com 06 Prefeituras Municipais da Região: Água Fria, Coração de Maria, Irará, Pedrão, Ouriçangas e Santanópolis, com objetivo de contribuir com a implantação da AEFAMI. A CEDITER – Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Irará-STRI e a REFAISA (Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integrada ao Semi-árido), foram as entidades que contribuíram  no processo de implementação da EFA na região de Irará.

A Associação Mantenedora da Escola filiou-se a rede das Rede das Escolas Famílias Agrícolas (REFAISA) no dia 14 de novembro de 2008 durante uma assembleia extraordinária da entidade. Em março e abril de 2009 a Escola Família Agrícola dos Municípios – EFAMI foi fundada dando início a sua primeira turma do curso técnico em agropecuária, concretizando uma luta e um sonho que nasceu no coração de vários (as) idealizadores(as) desse projeto transformador. No decorrer desses anos a EFAMI já formou 05 turmas.   No ano de 2020, estão matriculados 62 estudantes no curso de Educação Básica Profissional Técnico em Agropecuária, distribuídos entre o 1º, 2º e 3° ano.

A EFAMI possui uma área de 35 tarefas, divididas entre área para desenvolvimento das atividades produtivas/pedagógicas e uma área destinada a reserva legal que preserva algumas espécies da fauna e da flora local. Os setores produtivos abrangem as áreas de produção vegetal e animal. A produção vegetal abrange o cultivo de fruteiras (Citros, banana, pinha, caju, abacaxi), sistema agroflorestal, cultivos anuais ( fava, feijão. milho, amendoim), vivericultura ( produção de mudas nativas, ornamentais e fruteiras e olericultura, produção de composto orgânico e biofertilizantes e o banco de sementes crioulas que destina-se a produção e multiplicação dessas sementes, tendo em vista a preservação de variedades adaptadas aos sistemas produtivos da região. A produção animal abrange a avicultura caipira de corte e postura, a apicultura, a suinocultura e a bovinocultura de leite.

A Escola Família Agrícola dos Municípios Integral de Irará acredita e desenvolve uma educação profissional contextualizada, objetivando a escolarização para os jovens do Campo, visando uma formação para a vida, através de uma perspectiva sustentável em busca de um projeto diferenciado de sociedade em que visam um campo possível de viver com dignidade e cidadania, tendo trabalho e renda.  Um campo onde os filhos (as) de agricultores familiares e trabalhadores rurais possam ter acesso a terra, a produção de alimentos saudáveis, a cultura, as tecnologias digitais, ao saber científico produzido nas Universidades e seguir a profissão que projetar, sem esquecer de suas origens, acreditando em seus projetos de vida fortalecendo a agricultura familiar camponesa.