EFA - Antônio Gonçalves
Dados da Escola
Escola Família Agrícola de Antonio Gonçalves
Mantenedor:
Associação Regional da Escola Família Agrícola de Antonio Gonçalves
Territórios de abrangência: Piemonte Norte do Itapicuru e Sisal
Municípios atendidos: Antonio Gonçalves, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Ponto Novo, Filadélfia, Itiúba, Pindobaçu, Mirangaba e Jacobina.
Fazenda Nova Esperança.
CEP: 44780-000
Bairro: Caldeirão do Mulato
Cidade: Antonio Gonçalves
UF: BA
E-mail: escola.agricola@yahoo.com.br
Telefone: (74) 99843990
Facebook: efag.antoniogonçalves
Instagram: efag_001
Histórico
O município de Antônio Gonçalves está inserido no semiárido baiano, polígono da seca nordestina, região marcada por secas prolongadas e omissão de órgãos públicos, no que se refere a políticas públicas de melhorias e enfrentamento de períodos de estiagem.
A população local convive com uma saúde precária e uma educação voltada apenas para a realidade urbana, não atendendo a realidade dos sujeitos que vivem no campo. Assim, muitos jovens não se identificam com o processo de ensino, levando a desistência, e o êxodo rural no município.
Neste ambiente, os cristãos organizados nas Pastorais, CEB’s, (Comunidades Eclesiais de Base), CPT (Comissão Pastoral da Terra), Pastoral da Criança, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Associações, junto a EFAG, lutam na busca dos direitos e pela dignidade humana que foi roubada desde do período da colonização brasileira.
Em 26 de Junho de 20002 foi fundada a Associação Regional da Escola Família Agricola de Antonio Gonçalves (AREFAG), desde que foi fundada tem buscado no que se refere à educação, atender a realidade campesina, ofertando um formação técnica para a vida, discutindo os problemas que afeta o homem e a mulher do campo, trabalhando junto as famílias e comunidade na busca de melhorias que ajudem os jovens a permanecer de forma digna na sua comunidade, ajudando a sua família na luta da posse da terra, e nas causas do campo. E foi pensando na realidade do campo, que a AREFAG decidiu adotar a Pedagogia da Alternância, para que o aluno pudesse colocar em prática junto a sua comunidade e a família todo conhecimento construído nesse espaço. Essa prática pedagógica tem permitido a escola consolidar seus objetivos propostos, junto aos educandos e suas famílias
A Escola Família Agrícola de Antônio Gonçalves – EFAG surgiu em 2004 de um trabalho de mobilização comunitária, fruto da percepção de alguns agentes e lideranças de trabalhadores, preocupados com a situação da grande maioria dos trabalhadores da região, em que a Escola poderia se tornar mais uma ferramenta para mudar essa situação. Com o apoio da fundação Marcello Candia, nasceu com os seguintes objetivos:
1. Possibilitar aos filhos (as) de agricultores uma aprendizagem voltada para sua realidade, através do manejo adequado dos recursos naturais, em particular da água e da caatinga (vegetação predominante e em extinção).
2. Estabelecer um sistema de ensino onde os pais façam parte deste sistema e sejam agentes de transformação na comunidade.
3. Procurar tecnologia adaptadas ao semiárido, possibilitando a convivência nesta região.
4. Demonstrar na pratica que esta região é viável e que os trabalhadores não precisam migrar para viver, buscando com isso a redução do êxodo rural.
Com estes objetivos citados em mente, a primeira preocupação foi com relação a capacitação de recursos humanos para mobilizarem as comunidades, levando junto destas a discussão sobre a Escola Família Agrícola de Antônio Gonçalves–EFAG – se era mesmo importante, ou na verdade não significava uma proposta de mudanças. Para esta capacitação de recursos humanos, optou-se pelo contato com as EFAS de Monte Santo e Quixabeira onde uma comissão pode realizar estudos e observações, com objetivo de aprofundar os conhecimentos da metodologia da alternância, e dos princípios básico da Escola Família Agrícola. Além disso, se iniciou também o contato com a REFAISA (Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integrada no Semiárido) onde foi possível fazer o aprofundamento da Pedagogia da Alternância através de cursos e encontros.
O contato com outras EFAs e a REFAISA, têm nos ajudado bastante no desenvolvimento da EFAG, pois nos permitem conhecer outras realidades, os problemas existentes e as soluções encontradas, nos dando também o senso do conjunto e articulação das EFAS, fatores estes essenciais para caminhada.
Atualmente a EFAG (2020) contamos com doze monitores (professores) e dois auxiliares em tempo integral, alguns estão trabalhando desde o início do ano de 2004. E um quantitativo de 78 alunos, sendo 53 do Ensino Fundamental e 25 do Ensino Médio (1° turma do curso técnico em agropecuária integrado ao nível médio).
A EFAG dispõem de uma estrutura composta por 04 salas de aula, 01 centro digital de Informática, cozinha com refeitório, dormitório masculino e feminino todos com banheiro, uma pequena biblioteca, casa de monitores e monitoras, uma instalação para avicultura, instalação para criação de bode e ovelha, instalação para a criação de suínos, horticultura, viveiro e matrizeiro para produção de mudas.