A Pedagogia da alternância intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo e contribui com a redução da evasão escolar e na garantia de uma educação contextualizada com a realidade das populações rurais!
Conteúdos relacionados ao tema
Pedagogia da Alternância e(m) Etnodesenvolvimento: realidade e desafios
No presente artigo se analisa o processo de implantação da Pedagogia da Alternância no Curso de Licenciatura e Bacharelado em Etnodesenvolvimento, sediado no Campus de Altamira da Universidade Federal do Pará. De início, reflete-se sobre os aportes teóricos que fundamentam a alternância na perspectiva do etnodesenvolvimento e da interculturalidade. Posteriormente, analisa-se os ganhos educacionais obtidos com a adoção da metodologia, sobretudo no plano da relação entre teoria e prática, e conhecimentos tradicionais com conhecimentos científicos, assim como os problemas e desafios que sua adoção gera no plano administrativo e na prática docente.
Tempo e espaço: pontos de contato em gêneros discursivos na Pedagogia da Alternância
Neste artigo, objetiva-se analisar como o Tempo Escola e o Tempo Comunidade estão marcados/representados nos gêneros Caderno da Realidade e Caderno de Acompanhamento, dois instrumentos pedagógicos da Pedagogia da Alternância (PA). Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativo-interpretativista. O corpus é constituído por textos de seis exemplares do Caderno da Realidade e de três exemplares do Caderno de Acompanhamento, sendo utilizadas nas análises as categorias enunciativas na perspectiva benvenisteana. O estudo mostra que esses gêneros constituem lugar de grande relevância para registros de atividades e permitem ao estudante não só evidenciar suas experiências vivenciadas nos dois espaços e tempos formativos da PA, mas também expressar a reflexão, os saberes adquiridos, fazendo as devidas generalizações esperadas pela formação.
Trabalho e educação no movimento camponês: liberdade ou emancipação?
O artigo aborda o tema "trabalho, movimentos sociais e educação". Tem por objetivo trazer elementos para identificar os princípios/fins de liberdade e emancipação que sustentam as experiências de trabalho-educação em sistema de alternância, realizadas pelos movimentos sociais populares do campo. Trata-se das organizações sindicais de trabalhadores rurais e dos movimentos organizados da Via Campesina. Apesar da diversidade de sujeitos, projetos sociais e formas de organização, esses movimentos têm em comum uma luta histórica pela terra de trabalho e pela democracia, o que permite sintetizá-los na unidade movimento camponês. Na importância do estudo destaca-se a necessidade de atentarmos para o novo contido nas experiências de trabalho-educação do movimento camponês, que são produzidas à revelia do processo de reprodução e acumulação do capital e do controle do Estado.
Estudos sobre Pedagogia da Alternância no Brasil: revisão de literatura e perspectivas para a pesquisa
A Pedagogia da Alternância consiste numa metodologia de organização do ensino escolar que conjuga diferentes experiências formativas distribuídas ao longo de tempos e espaços distintos, tendo como finalidade uma formação profissional. Esse método começou a tomar forma em 1935 a partir das insatisfações de um pequeno grupo de agricultores franceses com o sistema educacional de seu país, o qual não atendia, a seu ver, as especificidades da Educação para o meio rural. A experiência brasileira com a Pedagogia da Alternância começou em 1969 no estado do Espírito Santo, onde foram construídas as três primeiras Escolas Famílias Agrícolas. Não obstante, decorridos 40 anos de sua implantação no país, essa proposta pedagógica ainda é discutida com pouca ênfase em nosso meio acadêmico. Em projeto de pesquisa que vimos desenvolvendo, realizamos um levantamento das dissertações de mestrado e teses de doutorado brasileiras sobre Pedagogia da Alternância defendidas entre 1969 e 2006. O objetivo deste artigo é mapear e discutir essa produção, visando estabelecer um primeiro esboço do "estado da arte" nesse campo de investigação. A revisão inclui 46 trabalhos, sendo 7 teses e 39 dissertações. Neste texto, apresentamos as temáticas de estudo mais recorrentes, a distribuição regional dessa produção e o que consideramos como consensos e limites nesses trabalhos.